A festa de Cristo Rei

Será que você tem deixado Cristo ser o Senhor e o dono de sua vida?
A Igreja canta, neste dia, na sua oração: "Cristo Rei, sois dos séculos Príncipe, Soberano e Senhor das nações! Ó Juiz, só a vós é devido julgar mentes, julgar corações".



Muito significativo para nós este dia em que proclamamos em alta voz: Jesus Cristo é o Rei no Universo, da Igreja e de nossas vidas. Nada e ninguém pode tirar isto de nós! Mas será que a nossa vida diz e expressa que Jesus é o Rei e o Senhor, Aquele que tem a realeza e supremacia sobre nós? Pergunta que cabe a cada um de nós responder ao próprio Jesus.


Contudo, queremos entender o significado desta festa para a Igreja.

A festa de Cristo Rei foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas.


Desde o anúncio do nascimento do Senhor, o Filho unigênito do Pai, que nasceu da Virgem Maria, é definido "rei" no sentido messiânico, ou seja, herdeiro do trono de David, segundo as promessas dos profetas, para um reino que não terá fim (cf. Lc 1, 32-33). A realeza de Cristo permaneceu totalmente escondida até aos seus trinta anos, transcorridos numa existência comum em Nazaré. Depois, durante a vida pública, Jesus inaugurou o novo Reino, que "não é deste mundo" (cf. Jo 18, 36) e, no final, realizou-o plenamente com a sua morte e ressurreição. Ao aparecer ressuscitado aos Apóstolos, disse: "Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra" (Mt 28, 18). Esta autoridade brota do amor, o qual foi plenamente manifestado por Deus no sacrifício do seu Filho. O Reino de Cristo é dom oferecido aos homens de todos os tempos, para que todo aquele que acredita no Verbo encarnado "não morra, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16).


A realeza de Cristo, que nasce da morte no Calvário e culmina no acontecimento dela inseparável, a ressurreição, recorda-nos aquela centralidade, que a ele compete por motivo daquilo que é e daquilo que fez. Verbo de Deus e Filho de Deus, primeiro que tudo e acima de tudo, «por Ele — como em breve repetiremos no Credo — todas as coisas foram feitas», Ele tem um intrínseco, essencial e inalienável primado na ordem da criação a respeito da qual é a suprema causa exemplar. E depois que «o Verbo se fez homem e habitou entre nós» (Jo 1, 14), também como homem e Filho do homem, adquire um segundo título na ordem da redenção, mediante a obediência ao desígnio do Pai, mediante o sofrimento da morte e conseqüente triunfo da ressurreição.


Por isso, precisamente no último Livro da Bíblia, o Apocalipse, o Senhor proclama: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim" (Ap 22, 13).


Falando de algo pessoal. Será que você tem deixado o Cristo ser o Senhor e o dono de sua vida, de sua vontade? E até que ponto você tem deixado Aquele que é o centro, o Rei e tem o controle de todos as coisas, dirigir sua vida? Isso não nos constrange, mas nos leva a refletir qual o lugar que temos dado ao Senhor em nossa vida.


Que você tome a linda decisão de assumir em suas ações, sua vida e, principalmente, sobre sua vontade o Cristo, que é Rei e Senhor.

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